sábado, 16 de junho de 2012

A família na época pós-moderna


A pós-modernidade está firmada sobre o tripé: pluralização, privatização e secularização. A pluralização diz que há muitas ideias, muitos valores, muitas crenças. Não existe uma verdade absoluta, tudo é relativo. A privatização diz que nossas escolhas são soberanas e cada um tem sua própria verdade. A secularização, por sua vez, coloca Deus na lateral da vida e o reduz apenas aos recintos sagrados. A família está nesse fogo cruzado. Caminha nessa estrada juncada de perigos, ouvindo muitas vozes, tendo à sua frente muitas bifurcações morais. Que atitude tomar? Que escolhas fazer para não perder sua identidade? Quero sugerir algumas decisões:

Em primeiro lugar, coloque Deus acima das pessoas. No mundo temos Deus, pessoas e coisas. Vivemos numa sociedade que se esquece de Deus, ama as coisas e usa as pessoas. Devemos, porém, adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. A família pós-moderna tem valorizado mais as coisas do que o relacionamento com Deus. Vivemos numa sociedade que valoriza mais o ter do que o ser. Uma sociedade que se prostra diante de Mamom e se esquece do Deus vivo.
Em segundo lugar, coloque seu cônjuge acima de seus filhos. O índice de divórcio cresce espantosamente no Brasil. Enquanto os véus das noivas ficam cada vez mais longos, os casamentos ficam cada vez mais curtos. Um dos grande erros que se comete é colocar os filhos acima do cônjuge. Muitos casais transferem o sentimento que devem dedicar ao cônjuge para os filhos e isso, fragiliza a relação conjugal e ainda afeta profundamente a vida emocional dos filhos. O maior presente que os pais podem dar aos filhos é amar seu cônjuge. Pais estruturados criam filhos saudáveis.
Em terceiro lugar, coloque seus filhos acima de seus amigos. Muitos pais vivem ocupados demais, correm demais e dedicam tempo demais aos amigos e quase nenhum tempo aos filhos. Alguns pais tentam compensar essa ausência com presentes. Mas, nossos filhos não precisam tanto de presentes, mas de presença. Nenhum sucesso profissional ou financeiro compensa o fracasso do relacionamento com os filhos. Nossos filhos são nosso maior tesouro. Eles são herança de Deus. Equivocam-se os pais que pensam que a melhor coisa que podem fazer pelos filhos é deixar-lhes uma rica herança financeira. Muitas vezes, as riquezas materiais têm sido motivo de contendas na hora da distribuição da herança. Nosso maior legado para os filhos é nosso exemplo, nossa amizade e nossa dedicação a eles, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor.
Em quarto lugar, coloque os relacionamentos acima das coisas. Vivemos numa ciranda imensa, correndo atrás de coisas. Muitas pessoas acordam cedo e vão dormir tarde, comendo penosamente o pão de cada dia. Pensam que se tiverem mais coisas serão mais felizes. Sacrificam relacionamentos para granjearem coisas. Isso é uma grande tolice. Pessoas valem mais do que coisas. Relacionamentos são mais importantes do que riquezas materiais. É melhor ter uma casa pobre onde reina harmonia e paz do que viver num palacete onde predomina a intriga.
Em quinto lugar, coloque as coisas importantes acima das coisas urgentes. Há uma grande tensão entre o urgente e o importante. Nem tudo o que é urgente é importante. Não poucas vezes, sacrificamos no altar do urgente as coisas importantes. Nosso relacionamento com Deus, com a família e a com a igreja são coisas importantes. Relegar esses relacionamentos a um plano secundário para correr atrás de coisas passageiras é consumada tolice. A Bíblia nos ensina a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos serão acrescentadas. Precisamos investir em nosso relacionamento com Deus e em nossos relacionamentos familiares, a fim de não naufragarmos nesse mar profundo da pós-modernidade!



Reverendo Hernandes Dias Lopes

O clamor da sociedade, o clamor dos cristãos




Há uma mistificação segundo a qual "crente" é alienado, não participante das questões políticas e sociais que alimentam constantemente a mídia em suas várias versões, principalmente nesta "rica" era petista. É pura bobagem. Cristãos, como em todas as camadas da sociedade, são diversificados: existem de fato os alienados, prontos a seguir o primeiro guru que aparece, assim como aqueles que não somente têm cultura no âmbito secular, como, também, especificamente, na seara teológica. Eu conheço vários, dentre eles, alguns brilhantes.

Se nos ativermos à política, fácil observar que a sociedade como um todo vem reagindo, ainda que vagarosamente, em resposta às várias questões que são colocadas. Os cristãos seguem por esta mesma via. Durante alguns anos enxergamos uma sociedade brasileira quase que anestesiada frente às mazelas que os seus representantes lhe impunham diuturnamente. A corrupção que sempre existiu no meio governamental foi potencializada no malfadado governo de esquerda lulo-petista, que se mostrou insensível, "cego" e "surdo" à roubalheira generalizada que afluiu à esfera política. A fraude, antes disfarçada e mascarada, passou a ser o modus operandi do tal governo de esquerda; os dossiês espúrios eram articulados nos escaninhos do submundo do poder por "autoridades" cuja face jamais aparecia; cuecas passaram a ser meio de transporte de valores, representados por moeda sonante em reais, dólares e euros. Enquanto tudo isto acontecia, a sociedade se mantinha apática, hipnotizada pelo gorvernante-mor, outrora "legitimado" pelas urnas. Daí a legitimar todas as suas ações foi um pulinho: tudo lhe era permitido, ainda que ilegal ou imoral.

O alcance da norma jurídica passou a valer apenas para governados, os princípios constitucionais e as sanções neles contidas não mais se aplicavam à urbe, ao populachoem geral, mas apenas àqueles que não se alinhavam à companheirada. Enquanto que, por seu turno, aos companheiros tudo era legítimo e possível, mesmo que as ações fossem totalmente contrárias às mais comezinhas regras de Direito: ” Aos amigos do rei os favores da lei, aos inimigos do rei, os rigores do rei, os rigores da lei”. Ou, fugindo da Grécia e refugiando em terras tupiniquins: "Aos amigos, tudo, aos inimigos, o rigor da lei".

E assim, tristemente, a política brasileira foi comandada na última década nos dois mandatos do esquerdista Luis Inácio Lula da Silva. Pipocando aqui e acolá escândalos de malversação de verbas e rendas públicas, mensalinhos e mensalões, pacotes de dinheiros escusos nos gabinetes das repartições; enquanto isto, o Estado brasileiro ia sendo degradado e dilapidado. Este mesmo Estado agora servindo não ao povo, à coletividade pagadora de impostos, mas ao partido no poder. Os "companheiros" e apaniguados dividindo o "butim" entre si.

Malgrado o aparecimento de tantas provas das tais malfeitorias, o governante-mor repetia incessantemente: "não sei, não vi"mais ou menos como o marido traído que, confrontado com a verdade mais crua, repete que somente acredita, vendo - ainda que todas as provas estejam escancaradas à sua frente.

O governo novo continua sendo de esquerda, mas sem aquelas nuances peculiares que caracterizavam o anterior, erigido em vida ao mito. Logo, à lenda-viva tudo era permitido.

A sociedade brasileira está dando sinais de cansaço. Aqui e ali pipocam manifestações contrárias à ilegalidade tão em voga no "meio político". Grande parte da imprensa continua deitada em "berço esplêndido", fazendo de conta que tudo está às mil maravilhas, especialmente aquela "amiga", que foi por oito anos aparelhada pelo petismo. A mesma imprensa que apoia a idiotice ignorante proveniente do Ministério da "Educação", com a sua "nova linguagem inclusiva", em cuja construção não se vislumbra nenhuma regência e gramática; a imprensa que se cala para o controle que se quer contra ela mesma, para resguardar o "apoio financeiro", mantendo incólume os seus "ganhos".

A sociedade está se cansando e nós cristãos devemos nos inserir entre aqueles que dizemNÃO Á CORRUPÇÃO. Enquanto parte da imprensa se cala pelo aparelhamento do "partido", é preciso que nós gritemos em alta voz, seguindo as vozes que têm feito eco desde o dia 07 de setembro e que se anunciam pelas redes sociais! Haverá um momento em que toda a imprensa será forçada a noticiar as manifestações de repúdio aos políticos fraudadores, malfeitores da res publica, vampiros dos dinheiros da saúde e titulares de tantas outras malfeitorias privadas, mas tornadas públicas por poucos meios de comunicação que se permitem fazê-lo, sem temer ameaças e sem sucumbir às "trinta moedas".

A revista Veja desta semana noticiou o clamor de jovens e nem tão jovens que se juntaram sem interesse ou orientação política nas praças e ruas das capitais país a fora. É um bom sintoma de que as coisas podem mudar, assim como ocorreu há três décadas quando a mesma sociedade entorpecida resolveu dar um sonoro basta à ditadura vigente. Ou que pintou suas caras juntando-se aos milhares contra um presidente corrupto, cujo movimento foi suficiente para destituí-lo.

Vamos aguardar os próximos acontecimentos, cujas articulações estão confluindo para o dia 12 de outubro. Quem sabe até lá muitas outras manifestações surjam para incutir temor aos de má índole que se escondem nos corredores do planalto, nas salas climatizadas, ou nos gabinetes do Congresso, onde o populacho não chega, mas seus gritos ecoam.



sexta-feira, 15 de junho de 2012

Como o cristão deve tratar as questões políticas


Referência: Provérbios 29.2

INTRODUÇÃO
É grande, profunda e crônica a decepção com os políticos. Uma onda de descrédito com os políticos varre a nação. Somos herdeiros de uma cultura estrativista. Nossos colonizadores vieram para o Brasil com a intenção de tirar proveito. Rui Barbosa alertou para o perigo das ratazanas que mordiam sem piedade o erário público, perdendo a capacidade de se envergonhar com isso. A maioria dos políticos se capitulam a um esquema de corrupção, de vantagens fáceis, de fisiologismo, nepotismo, enriquecimento ilícito, drenando as riquezas da nação, assaltando os cofres públicos e deixando um rombo criminoso nas verbas destinadas a atender às necessidades sociais. As campanhas milionárias já acenam e pavimentam o caminho da corrupção.
O resultado da corrupção, da má administração, do ganância insaciável pelo poder é que somos a oitava economia do mundo, mas temos um povo pobre, com mais de 50 milhões vivendo na pobreza extrema.
Diante desse quatro, muitos evangélicos ficam também desencantados com a política e cometem vários erros, como por exemplo: “Política é pecado”. “Política é coisa do diabo”. “O cristão não deve participar de política”. “O cristão deve ser apolítico”. “Toda pessoa que se envolve com política é corrupta”. “Todo crente que se envolve com política acaba se corrompendo”. “A política é mundana e não serve para os crentes”. “Não adianta fazer coisa alguma; devemos pregar o evangelho e aguardar o retorno do Senhor”.
Outros erros são cometidos: “Irmão sempre vota em irmão”. “Todo crente é um bom político”. “Político evangélico deve lutar apenas pelas causas evangélicas”. “O púlpito transforma-se em palanque político”. “A igreja troca voto por favores”.
I. A LEGITIMIDADE DA POLÍTICA À LUZ DA PALAVRA DE DEUS
1. “Não se deve pôr em dúvida que o poder civil é uma vocação, não somente santa e legítima diante de Deus, mas também mui sacrossanta e honrosa entre todas as vocações” – Calvino.
2. Rm 13:1-7 – O poder civil é ministro de Deus para promover o bem e coibir o mal. Toda autoridade constituída procede de Deus e deve agir em nome de Deus. Quando ela se desvia pode e deve ser desobedecida e Deus mesmo a julga por sua exorbitância.
3. Homens de Deus exerceram o papel político em momentos críticos da história e foram divisores de água: José, Moisés, Josué, Gideão, Davi, Salomão, Josafá, Ezequias, Josias, Daniel, Neemias. Esses homens exercem o poder público com lisura, honradez e sabedoria.
4. Aristoteles afirma que o homem é um ser político. O homem pode ser apartidário, mas nunca apolítico. Tentar ser apolítico é cair no escapismo.
5. Politicamente podemos classificar as pessoas em: 1) alienadas; 2) conscientizadas; 3) engajadas.
II. A POLÍTICA NA HISTÓRICA BÍBLICA
1. No Velho Testamento – Do Patriarcado à Monarquia. Do Reino Unido ao Reino Dividido.
2. No Novo Testamento – Os partidos nos dias de Jesus: 1) Fariseus; 2) Saduceus; 3) Herodianos; 4) Zelotes; 5) Essênios. O ensino social de Jesus (parábola do Samaritano). Jesus confronta Herodes. A doutrina social de Paulo e Tiago.
3. A igreja e a política na Idade Antiga – Os imperadores
4. A igreja e a política no tempo dos Reformadores – A ética social de Calvino
5. A questão da Modernidade e da Pós Modernidade como favor de corrupção dos valores.
6. A supremacia dos valores da Reforma em relação aos padrões romanistas – “Do futuro dos povos católicos.”
III. PRINCÍPIOS DE DEUS QUE DEVEM REGER A POLÍTICA
1. O povo de Deus precisa ter critérios claros na escolha de seus representantes– Dt 17:14-20
Pessoas apontadas por Deus e não pessoas estranhas.
Pessoas que não se dobrem diante da sedução do PODER, SEXO, DINHEIRO.
2. O povo de Deus não deve ser omisso, mas lider na questão da política – Dt 28:13.
A atitude de omissão não corresponde aos princípios de Deus nem à expectativa de Deus.
O cristão preparado está em vantagem para governar – Pv 28:5; 26:1
O cristão não pode associar-se com pessoas inescrupulosas – Sl 94:20; Pv 25:26.
3. O povo de Deus precisa votar em represetantes que amem a justiça – Pv 31:8,9.
O povo não está trabalhando em favor do político, mas o político em favor do povo.
O político precisa olhar com especial atenção para os pobres e necessitados, ou seja, precisa ter um política social humana e justa.
IV. O PERFIL DE UM POLÍTICO SEGUNDO OS PRINCÍPIOS DE DEUS
1. Vocação – John Mackay diz a distribuição de vocações é mais importante do que a distribuição de riquezas. Calvino entendia que o poder civil é uma sacrossanta vocação. Há pessoas dotadas e vocacionadas para o poder público. Uma pessoa não está credenciada para ser um bom candidato apenas por ser evangélica. Exemplo: José do Egito – Sempre foi líder em casa, na casa de Potifar, na prisão, no trono.
2. Preparo intelectual – O lider político precisa ser uma pessoa preparada. Ele precisa ter independência para pensar, decidir e lutar pelas causas justas. Ele não pode comer na mão dos outros. Ele não pode ser um refém nas mãos dos espertos. Exemplo: Moisés – Moisés se preparou 80 anos para servir 40. Ele aprendeu a ser alguém nas Univerdades do Egito. Ele aprendeu a ser ninguém nos Desertos da Vida. Ele aprendeu que Deus é Todo-Poderoso na liderança do povo.
3. Caráter incorruptível – A maioria dos políticos sucumbem diante do suborno, da corrupção e vendem suas consciências. Há muitos políticos que são ratazanas, sanguessuga. Há muitos políticos que são lobos que devoram o pobre. Há muitos políticos que decretam leis injustas. O político precisa ser honesto e irrepreeensível. Exemplo: Daniel – Ele era sábio. Ele era lider. Ele era incorrupto. Ele era piedoso. Ele não era vingativo. Um exemplo oposto é ABSALÃO. Ele era demagogo e capcioso. Ele furtava o coração das pessoas com falsas promessas.
4. Coragem para se envolver com os problemas mais graves que atingem o povo – O político não pode ser uma pessoa covarde e medrosa. Ele precisa ser ousado. Neemias é o grande exemplo: 1) Ele ousou fazer perguntas; 2) Ele se viu como resposta de Deus resolver os problemas do seu povo; 3) Ele agiu com prudência e discernimento; 4) Ele mobilizou o povo para engajar-se no trabalho com grande tato; 5) Ele enfrentou os inimigos com prudência. Exemplo: Winston Churchil.
5. Visão – O político precisa ser um homem/mulher de visão. Ele precisa enxergar por sobre os ombros dos gigantes. Ele vê o que ninguém está vendo. Ele tem a visão do passado, do presente e do futuro. Ele antecipa soluções. Exemplo: José do Egito, Calvino. Veja Pv 11:14. Ester esteve disposta a morrer pela causa do seu povo.
6. Tino Administrativo – Há políticos que são talhados para o executivo e outros para o legislativo. Colocar uma pessoa que não tem capacidade gerencial para governar é um desastre. Exemplo: Neemias – ele revelou capacidade de mobilizar pessoas, resolver problemas, encorajar, e colocar as pessoas certas nos lugares certos para alcançar os melhores resultados.
7. Capacidade de contornar problemas aparentemente insolúveis – O líder é alguém que vislumbra saídas para problemas aparentemente insolúveis. Exemplo: Davi – 1) Ele viu a vitória sobre Golias quando todos só olhavam para derrota; 2) Ele ajuntou 600 homens amargurados de espírito e endividados e fez deles uma tropa de elite; 3) Ele reanima-se no meio do caos e busca força para reverter situações perdidas – 1 Samuel 30:6.
8. Não temer denunciar os erros dos poderosos – Samuel denunciou os pecados de Saul (1 Sm 15:10-19). Natã não se intimidou de denunciar o pecado de Davi. João Batista denunciou Herodes.
CONCLUSÃO
1) Como votar? Devemos escolher um candidato pela sua vocação, preparo, caráter, compromisso com o povo e propostas: Há coisas básicas: saúde, educação, emprego, segurança, moradia, progresso. Se temos pessoas evangélicas com esse perfil, demos a elas prioridade em nosso voto. Mas seria irresponsabilidade votar numa pessoa apenas por ser evangélica se ela não tem essas credenciais.
2) Como fiscalizar? A igreja é a consciência do Estado. Ela exerce voz profética. Ela precisa votar e acompanhar e cobrar dos seus representantes posturas dignas, sobretudo nos assuntos de ordem moral e social: casamentos gays, aborto, etc.
3) Como encorajar? A Bíblia nos ensina a interceder, honrar e obedecer as autoridades constituídas.


Mensagem do Reverendo Hernendes Dias Lopes

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Onde está firmada a tua Esperança?


“Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no SENHOR seu Deus”. Salmo 146.5


Para o Cristão, a verdadeira esperança é mais que uma expectativa, uma espera ou um desejo. É o resultado de uma renúncia de si mesmo e de uma entrega total a Deus. Todo aquele que conscientemente dá meia volta em relação ao erro e faz de Deus seu alvo, descobre que esperança é irmã da fé e do amor. Não dá para viver sem esperança. É o oxigênio, a propulsão e o combustível da vida. É um oásis no deserto, uma ilha no oceano, um ninho na floresta, uma estrada no sertão...

Porém, muitas vezes a esperança está firmada no aumento de salário, em um novo emprego, em vencer um concurso público... Podemos e devemos ter alvos comuns e batalhar, mas nunca esquecer que há um Supremo Ser, uma vida além desta vida, a vida eterna.

A última bem-aventurança dos Salmos anuncia que é possível ser feliz e cheio de esperança. Mas para isso é preciso um relacionamento pessoal, uma aliança. Quando o texto diz “O Deus de Jacó”, está se referindo ao povo de Deus e a experiência do Patriarca, que em meio a grandes dificuldades e ferido humilhou-se e teve a vida e o nome transformado. De Jacó “enganador”, passou a ser chamado Israel “o que luta ou vê Deus”.

Todos podem ter uma experiência de transformação interior. O SENHOR já fez a sua parte. Enviou seu precioso Filho que pagou o preço da liberdade quando de braços abertos morreu a pior das mortes, a morte de Cruz. Demonstrando seu infinito amor e poder e o desejo de transformar todo ser humano, ressuscitou-O depois de três dias. Em seu túmulo em Jerusalém não está a frase “aqui jaz”, mas a inscrição “Ele não está aqui, ressuscitou”.

Na mesma visão escreveu o Apostolo Pedro: “ Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”. I Pedro 1:3

Não desespere, espere. Não desconfie, confie. Não desanime, fortaleça. Não fuja de Deus, encontre-O. Não despreze o Senhor da vida, ame-O. Não permita que Cristo sofra novamente, faça-O sorrir. Não feche os olhos para as maravilhas de Divinas, veja-as. Não murmure, louve a Jesus. Não blasfeme falando mal de Deus, mas fale com Ele e dEle.
Ancorado na eterna esperança,
Pastor Elias Alves Ferreira

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A base da nossa Vida! Sola gratia (somente a graça); Sola fide (somente a fé); Sola scriptura (somente a Escritura); Solus Christus (somente Cristo);Soli Deo gloria (glória somente a Deus).

A graça de Deus é a oferta gratuita que Ele faz ao ser humano, de salvá-lo eternamente, adotando-o como filho. Salva-o da condenação, do poder do pecado e santifica-o para que o ser humano possa habitar no Céu. É gratuita porque o ser humano não merece tudo isto que Deus lhe oferece, nem tem condições, por si mesmo, de conquistar qualquer destas bênçãos. A Aliança assim estabelecida por Deus não depende do homem, mas tão somente da graça de Deus.

Textos básicos, iniciais: Gn 3.15; 12.1-3; 15.6; Gl 3.6 e 9; 4.24-28; 3.16 e 29.


Deus fez ou estabeleceu dois pactos: primeiro, o pacto das obras ou da obediência, com Adão e Eva, antes de serem pecadores. O ser humano tinha, então, condições de fazer sua parte, obedecendo; porém, fracassou - Gn 3.6. O concerto da Lei foi feito no Sinai - Gl 3.24. Nessa ocasião o homem prometeu cumpri-la. A Lei instrui o ser humano, mas também condena aquele que a transgride e está fora da aliança da Graça. A Lei escrita foi dada por Deus após haver estabelecido a Aliança, e não anula nem interrompe a Aliança da Graça. Aquele que, pela graça de Deus, está dentro da Aliança da Graça, não é condenado por sua transgressão da Lei, porque 


Cristo morreu e pagou sua dívida com Deus - 1Co 8.1 e 1Pe 1.18-19.
Gn 17.7-10 - concerto “perpétuo” com Abraão, tendo a circuncisão como sinal visível do pacto.


O pacto da Graça tem a garantia de sua realização na pessoa de Cristo e não na obediência do homem ou qualquer esforço seu - Rm 5.1; Ef 2.8. A fé, que também é dada por Deus, é que capacita o ser humano a gozar dos benefícios da graça, inclusive a graça de não mais ser escravo do pecado. Je 31.31-34; Hb 8.8-12 e Rm 6.14.

O ser humano responde a Deus com a fé em Cristo, pessoal, consciente, voluntária. Em Cristo, cada pessoa que O recebe é admitida no pacto da Graça.


O pacto da graça é particular e não universal, como querem os universalistas - Gn 12.7; 17.7; Gl 3.16- “à tua posteridade, que é Cristo”. Em Cristo é que somos incluidos no pacto da Graça.
É um erro pensar que a “dispensação da graça” é a partir de Cristo, e que antes dEle o que havia era a “dispensação da Lei”. Nenhum texto bíblico diz isso.


A graça foi estabelecida por Deus em Gn 3.15 e tornada explícita na chamada de Deus a Abraão, em Gn 12.1-3.
É um pacto da Trindade com o homem: o Pai oferece a graça, por meio do Filho, e o Espírito Santo o aplica a cada pessoa - Ef 1.1-7, 10-14; 1Pe 1.2; 1Co 15.10 (“sou”)
Ef 4.7 - “a cada um”; 2Pe 3.18 - “Crescei na graça”; 1Pe 5.10-12 - “esta é a verdadeira graça”.
A doutrina da Graça é teocêntrica e não antropocêntrica; depende só de Deus e não do homem. Deus é a causa da Salvação. Lm 3.22; Ef 2.5 e 8-10; Is 47.4; Jó 19.25-27; Sl 49.7-8. Sem Cristo não há salvação - Jo 14.6; Tt 3.5; Gl 2.16; At 13.39.


A graça tem uma aplicação universal apenas no sentido de alcançar pessoas de todas as raças, tribos e linguas, e não no sentido de alcançar todas as pessoas, numa salvação universal. Jo 3.16, 18, 36; At 16.31; Mt 28.19; Mc 16.15; Rm 1.16. 


A graça nos reeduca com a Lei; o Espírito Santo nos capacita a observá-la, mesmo que imperfeitamente. É pelo processo da santificação, com os 2 aspectos: o positivo e o negativo. Tt 2.12 e 3.3-8.


A graça de Deus cria um novo homem, um novo povo, a Igreja - 1Pe 2.9-10; 1Co 10.31; Ef 4.1; Fp 4.1.


A graça de Deus nos dá esperança (certa e segura)- Tt 2.13.

Devemos entender “vida eterna” como qualidade de vida que começa imediatamente após a conversão, e não simplesmente como imortalidade; esta todos possuem. Por isso todos serão ressuscitados, conforme afirmou Jesus Cristo, em Jo 5.29; e todos comparecerão ao juizo final - Mt 25.34, 41 e 46.
Quem crê em Cristo, e O recebeu como Senhor e Salvador, tem a vida eterna. Por isso dê graças a Deus. “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom (dádiva) de Deus” - Ef. 2.8.







Continua... 




Sola fide (somente a fé); Sola scriptura (somente a Escritura); Solus Christus (somente Cristo);Soli Deo gloria (glória somente a Deus).

Homenagem ao meu Amor- Daiane Rodrigues



Esse filme eu fiz ontem para ela!
Daiane Rodrigues 
minha eterna namorada!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Como podemos ter paz no vale












A verdadeira paz existe e pode ser experimentada! Essa paz não se encontra nas farmácias nem nos boutiques famosas. Não está nas agências bancárias nem nas casas de shows. Essa paz não é encontrada no fundo de uma garrafa nem numa noitada de aventuras. Essa paz está centralizada em Deus. Ela vem do céu. É sobrenatural. Como poderemos experimentar essa paz, ainda que cruzando os vales da vida?   
Em primeiro lugar, conhecendo o Deus e Pai de toda consolação. Deus é a fonte de todo consolo. Quando ele nos permite passar pelo vale, é para fortalecer nossa fé e nos aperfeiçoar em santidade. Quando ele nos leva para o deserto, nossas experiências tornam-se ferramentas em suas mãos para consolar outras pessoas. É Deus quem nos matricula na escola do deserto. O deserto é o ginásio de Deus, onde ele treina seus filhos e os equipa para grandes projetos. Quando somos consolados, aprendemos a ser consoladores.

Alimentamo-nos da fonte consoladora e tornamo-nos canais dessa consolação para os aflitos. Não há paz fora de Deus. Não há descanso para a alma senão quando nos voltamos para Deus. Não há consolo para o coração aflito fora de Deus, pois só ele é o Deus e Pai de toda consolação, que nos consola em toda a nossa angústia, para consolarmos outros, com a mesma consolação com que somos consolados.

Em segundo lugar, conhecendo a Jesus, a verdadeira paz. A paz não é ausência de problema, é confiança no meio da tempestade. A paz é o triunfo da fé sobre a ansiedade. É a confiança plena de que Deus está no controle da situação, mesmo que as rédeas da nossa história não estejam em nossas mãos. A paz não é um porto seguro aonde se chega, mas a maneira como navegamos no mar revolto da vida. A paz não é apenas um sentimento, mas, sobretudo, uma pessoa, uma pessoa divina. Nossa paz é Jesus. Por meio de Cristo temos paz com Deus, pois nele fomos reconciliados com Deus. Em Cristo nós temos a paz de Deus, a paz que excede todo o entendimento. Paz com Deus tem a ver com relacionamento. Paz de Deus tem a ver com sentimento.

A paz de Deus é resultado da paz com Deus. Quando nosso relacionamento está certo com Deus, então, experimentamos a paz de Deus. Essa paz coexiste com a dor, é misturada com as lágrimas e sobrevive diante da morte. Essa é a paz que excede todo o entendimento. Essa paz o mundo não conhece, não pode dar nem pode tirar. Essa é a paz vinda do céu, a paz que emana do trono de Deus, fruto do Espírito Santo. Você conhece essa paz? Já desfruta dessa paz? Tem sido inundado por ela? Essa paz está à sua disposição agora mesmo. É só entregar-se ao Senhor Jesus!

E terceiro lugar, conhecendo o Espírito Santo como o nosso consolador. A vida é uma jornada cheia de tempestades. É uma viagem por mares revoltos. Nessa aventura singramos as águas turbulentas do mar da vida, cruzamos desertos tórridos, subimos montanhas íngremes, descemos vales escuros e atravessamos pinguelas estreitas.

São muitos os perigos, enormes as aflições, dramáticos os problemas que enfrentamos nessa caminhada. A vida não é indolor. Mas, nessa estrada juncada de espinhos não caminhamos sozinhos. Temos um consolador. Jesus, nosso Redentor, morreu na cruz pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. Venceu o diabo e desbaratou o inferno. Triunfou sobre a morte e deu-nos vitória sobre o pecado. Voltou ao céu e enviou o Espírito Santo para estar para sempre conosco. Ele é o Espírito de Cristo, que veio para exaltar o Filho de Deus. Ele é o Espírito da verdade, que veio para nos ensinar e nos fazer lembrar tudo o que Cristo nos ensinou. Ele é o outro consolador, aquele que nos refrigera a alma, nos alegra o coração e nos faz cantar mesmo no vale do sofrimento. O consolo não vem de dentro, vem de cima. Não vem do homem, vem de Deus. Não vem da terra, vem do céu. Não é resultado de autoajuda, mas da ajuda do alto!

Reverendo Hernandes Dias Lopes